A Astronomia é a ciência que estuda o espaço e todos os seus corpos Celestes, seu nome vem do grego antigo astron ("estrela") + nomos ("lei", "regra") sendo então uma ciência natural, onde ocorre o estudo da esfera estelar e espacial de nossa existência, com a finalidade de entender os mistérios, os corpos espaciais, seu funcionamento, sua origem e lei universais e suas aplicações dentro do mesmo. A Astronomia não se limita apenas ao universo visível ao olho nu, ou por telescópio, nem tão pouco ao universo macroscópico. Tal entendimento e estudos podem ser aplicados em diversas áreas da vida humana, assim como os antigos que usavam tal conhecimento para descobrir o modelo espacial que rege nosso sistema solar, bem como o formato de nosso planeta. Mas este livro afinal, fala de um sistema de magia Celeste, porque falar da ciência? Uma das mais antigas ciências inclusive! Se não há mais antiga. É fácil responder tal pergunta, devemos compreender o que há no universo, o que há acima para compreender o que há abaixo, devemos compreender o nosso cosmos para praticar magicamente com o mesmo!
Vamos há história da magia planetária e celestial e também de tal ciência astronômica.
A Astronomia é uma das mais antigas ciências da humanidade, e surgiu através de tribos primitivas, onde em suas pinturas rupestres nossos ancestrais já adicionaram informações estelares com a finalidade possível mente de compreender os ciclos da terra e de suas estações sazonais. Assim como há informações lunares sendo datadas possível mente para demarcar o tempo. Assim os primeiros ritos de magia Celeste nasceram, a humanidade assim começou a compreender a natureza como divindades, a lua é uma mãe gentil e o sol, um pai fertilizador, que morre e renasce de acordo com as estações do ano, assim como a Deusa lunar que se expressa em vida e morte de acordo com o plelunio e escuridão de seu vasto poder.
Com o passar do tempo a humanidade deixou de ser nômade e passou a se estabelecer em terras fixamente ficando assim assídua com a agricultura. Com tal movimento da agricultura e pecuária nossos ancestrais passaram a observar, coletar dados e aprender com os ciclos das estrelas e astros para fluir e usar a natureza ao favor de suas vidas. Eles relacionavam os asterismos e corpos celestes assim como seus movimentos a fenômenos como a chuva, a seca, as estações do ano e as marés, aprendendo com os ciclos dos Deuses.
Tais observações eram estudadas através de grandes estruturas de pedras chamadas de megalitos. Essas estruturas podiam ter caráter, mágico, religioso, cerimonial além de serem os mais primitivos objetos de estudos astronômicos. O Stonehenge, datado aproximadamente de IV milénio a.C., Inglaterra, os Cromeleque dos Almendres, datado aproximadamente há VI, V e III milénios a.C., Portugal. Os Monumentos megaliticos na ilha de Florianópolis Santa Catarina, Brasil, as Estátua-menir, descobertas no sítio arqueológico do Pla de les Pruneres (Mollet, Catalunha), as Ruínas do tolo de Delfos e os Alinhamento de menir em Carnac na França, são apenas alguns de vários exemplos de monumentos interligados intrinsecamente as linhas de Ley, que foram objetos de estudos astronômicos e práticas mágico-religiosas de nossos ancestrais.
Os Mitos dos Deuses apareceram por volta do Paleolítico (aproximadamente cerca dos 16.000 anos atrás), onde um culto antigo de povos que viviam nas margens do Estreito de Bering faziam atribuições Divinas ao asterismo da Ursa maior, certamente esses povos já reconheciam a magia que emanava dos céus, isso tudo acontece no momento do último período glacial entre os Estados Unidos e a Ásia.
De acordo com Emília Pásztor, em seu artigo escrito em 2011, os povos do paleolítico representavam o mundo e o universo de várias formas, uma dessas representações eram os primeiros artefatos de arte como sistemas de anotações dos céus, como por exemplo placas ósseas de cerca de 30.000 anos, um desses artefatos pode ser o achado da caverna Taď (Drôme, França), cuja idade é de cerca de 10.000 anos, de acordo com a mesma.
Tais mitos celestes se desenvolveram através das mais diversas civilizações da humanidade ao longo dos anos, trazendo assim os mistérios dos Deuses celestes. A Grécia é famosa por seu longo panteão, com suas gerações Divinas, dentre aos Deuses primordiais Helênicos nós temos os Celestiais Caos, Nix, Érebo, Urano, Éter, Hemera, entre os Titãs que trazem os mistérios celestes podia citar Selene, Hélio, Astreu, Hécate, Céos, Crio, Febe, Teia, Astéria, Eos, por ventura dos olimpianos Celestiais nós temos Artêmis, Apolo, Hera, alem de outros como os Astra Planetoi trazendo o brilhante Héspero e Eósforo, deuses da estrela do amanhecer e entardecer Vênus, Pyroeis (estrela Marte), Phaenon (estrela Saturno), Phaethon (estrela Júpiter), Stilbon (estrela Mercúrio) e os espíritos Astrothesiais regentes das constelações celestes.
Já dentro do panteão egípcio, a saudosa Ísis é aquela que detém o reinado Celestial, enquanto Nut é o primordial céu. Deuses como Quespisiquis, Min, Mont, Bastet, Rá, Hórus, Sexate, Shu, Socar, Apófis, kek, Sótis, são encontrados dentro do panteão egípcio detendo os poderes, sabedoria, e mistérios celestiais. Os mistérios dos céus também fora algo importantíssimo para a história do panteão sumério e para a astronomia, assim como todos os panteões do paganismo, com os sumérios e principalmente com eles, já que seus sacerdotes eram também astrônomos e astrólogos, os Deuses possuíam poder sobre os corpos celestes, podemos citar tais Divindades em exemplo de tais mistérios Ansar, Samas, Anu, An, Inana, Nana ou Innin, Ninhursag, Chamache.
Um dos primeiros sigilos planetários associados especificamente a planetas que usamos em nossa atualidade mágica apareceram por volta de 1510 nos grimórios de ocultaphilosophia, de Heinrich Cornelius Agrippa. É claro que há diversos símbolos mágicos dos antigos povos que usamos nos dias atuais em magias celestes, pois são símbolos assim associados, como por exemplo a estrela de oito pontas (octograma) que foi dedicado à Deusa Babilônica Ishtar, já no Egito tal estrela era dedicada há oito divindades primordiais da criação, tais divindades são: Nu, Nanet, Amon, Amunet, Kuk, Kauket, Huh e Hauhet, cada uma dessas divindades trazia um princípio criador. Símbolos solares e lunares também foram criados e são usados nos dias atuais em altares de magia, como por exemplo, o símbolo egípcio Seba, que representa e traz o poder dos Deuses das estrelas, inclusive da Deusa Ísis.
Muitas estrelas desde a antiguidade até os dias atuais guardam o nome árabe que herdamos da tradição desses antigos povos. Enquanto o desenho original de determinadas constelações guardam as histórias da antiga mitologia suméria. As tradições antigas preservaram esta origem das constelações. No mundo inteiro os seres humanos levantaram edifícios para observar e adorar os Deuses e os céus, dentre as planícies Babilônicos entre os rios Tigre e Eufrates, a antiga população local edificou templos chamados Zigurates para suas praticas de conexões astrais para se comunicarem com os deuses que eram os próprios corpos celestes. Babel como, por exemplo, significa a porta dos céus, esta é uma correlação da união e elevação dos homens com os céus. Tal pensamento da edificação da porta de Babel é o principio das praticas mágicas, esta que é o principio de influenciar e moldar os acontecimentos ao seu redor de acordo com a sua vontade, podendo valer-se de seres e energias espirituais e forças da natureza ao seu redor, além de princípios ocultos, por meio de rituais, formulas ou de ações simbólicas.
Desde 1922 a união astronômica internacional reconhece 88 constelações à maioria delas herdadas de Ptolomeu e seu livro Almagesto por volta de 100 a.c onde ele compilou 48 constelações ocidentais vindas da tradição da antiga Grécia. Porem Grécia e Egito possuem suas heranças astronômicas Babilônicas, e que o zodíaco foi sistematizado na babilônia por volta de 400ª.c os mais antigos catálogos estelares que nós temos vieram da Babilônia, há muitos nomes sumérios de constelações indicando que elas são mais antigas. A cultura das constelações são universais, todos os povos atribuíam nomes e estudos sobre os céus, assim não havendo motivos para se duvidar que tal pratica é pré-histórica como já foi apresentado fatos aqui descritos pela pesquisadora Emília Pásztor. Os Kundurrus, são estelas, uma espécie de documentação de pedras que trazem o limite de terras entre de vassalos e do governo da Babilônia. Tais tratados eram realizados em nome dos antigos Deuses, os mesmo também sendo testemunhas do ato. As mesmas são datadas por volta de 16 há 12 a.c. Os Deuses mencionados anteriormente são constelações e aparecem retratados nas peras, onde podemos através deste fato reconhecer constelações como touro, leão e escorpião, ambas constelações que possuem estrelas reais. Os Mesopotâmicos possuíam documentos do segundo milênio a.c, que detalhavam os movimentos precisos do planeta Vênus, tal era chamada de Tábua de Vênus de Amisaduca, criado na época do quarto governante depois de Hamurabi. Ate 1500 a.c os Sumérios tinham identificado o planeta Vênus, Mercúrio, e mais tarde os Babilônios identificaram Marte Júpiter e Saturno.
Os gregos deram o nome de planetas para aquelas estrelas que tinham a movimentação incomum nos céus noturnos dentro as demais, tal nome que significa errantes, por conta de seus movimentos peculiares. Júpiter foi identificado na cultura Babilônica como Marduque, o soberano dos Deuses, Vênus como Ishtar a Deusa da sexualidade, Saturno como Ninhursag, Mercúrio como Nabu e Marte como Nergal, o Sol era o Deus Shamash da justiça e a Lua o Deus Sin. Tais sacerdotes desta cultura deveriam ter os conhecimentos celestes e deveriam estudar a astronomia da época para suas praticas mágicas.
Imagem extraída do Pinterest
LIVE: TRATADO DE MAGIA CELESTE DO SÉCULO XXI
Sinopse: A magia celestial aqui tratada é uma variação da magia natural dentre suas as versões voltadas para a abobada celeste em completude sendo um sistema atualizado e completo. Atualmente no Brasil e no mundo a ciência, dentre a aqui mencionada, a astronomia evoluiu o seu pensamento e estudos desde a época da renascença. Por outro lado, à magia celestial e natural como um todo que ocultistas modernos praticam provem da época renascentista. As descobertas trazidas pela ciência astronômica moderna possuem grande valia e riqueza para a magia natural e celestial da modernidade. Tal magia utiliza as energias e técnicas invocatórias para as energias planetárias, estelares, lunares, de objetos Transnetunianos e corpos menores do sistema solar. Esta live aborda principalmente um comparativo entre a magia celeste trazida pela era renascentista e a atual desenvolvida por Alban Nike (Pedro H. Matos). Além disso, descreve as demais energias de corpos celestes descobertos pela ciência moderna, o modo de ocorrência e sua gênese, bem como sua aplicação em técnicas de feitiçaria.