A liturgia ritual é uma prática que envolve uma série de técnicas e procedimentos específicos para alcançar um estado de conexão espiritual e manifestar intenções mágicas. É importante destacar que cada sistema de magia e cada cultura possuem suas próprias formas de realizar rituais, baseadas em saberes tradicionais e conceitos técnicos específicos.
Um dos primeiros passos em uma liturgia ritual é a purificação do ambiente e do magista. Isso pode ser feito por meio de banhos, defumações, orações ou visualizações, com o objetivo de limpar e preparar o espaço sagrado para o praticante. A purificação do magista também é essencial, pois busca limpar energias negativas e criar um estado de equilíbrio e receptividade.
Em seguida, vem a proteção e defesa do magista e do local da cerimônia. Isso envolve o estabelecimento de barreiras energéticas, a invocação de guardiões espirituais ou deidades protetoras, o uso de talismãs ou amuletos, e a criação de um escudo de energia pessoal. Essas práticas têm como objetivo garantir a segurança e a integridade durante a liturgia, afastando influências indesejadas ou negativas. Neste passo o magista se defende de toda energia positiva ou negativa que lhe possa causar danos, já que a distinção de bem e mal é algo bem subjetivo.
A convocação dos poderes é outro elemento essencial na liturgia ritual. Os praticantes invocam seres e energias provenientes de panteões ou egregoras específicas, buscando a conexão com essas entidades divinas ou espirituais, podendo assim abrir ou não portais junto com as convocações que serão realizadas. Este ato de chamar tais poderes pode ser realizado por meio de invocações, evocações, cânticos, ladainhas, mantras ou outras técnicas verbais e gestuais específicas, dependendo da tradição ou sistema de magia em questão.
As oferendas e sacrifícios também desempenham um papel importante na liturgia ritual. Esses atos simbólicos de devoção e gratidão podem envolver a oferta de alimentos, líquidos, ervas, flores, incensos, velas ou outros elementos considerados sagrados. As oferendas são uma forma de estabelecer uma troca energética com as entidades convocadas, demonstrando respeito e cultivando uma relação de parceria e colaboração. Em viés de leis de magia, como as oferendas podem trazer a correspondência da Lei universal da troca.
A feitiçaria, por sua vez, é o uso de técnicas mágicas para manifestar intenções específicas durante a liturgia ritual. Isso pode envolver a criação e consagração de objetos mágicos, a realização de encantamentos, a prática de magia simbólica, a utilização de elementos naturais, entre outras formas de trabalho mágico. A feitiçaria é uma maneira de direcionar a energia e a intenção do magista para alcançar resultados desejados.
Além disso, a liturgia ritual pode estar associada a festivais e movimentos culturais, que celebram datas sagradas, ciclos da natureza, divindades ou eventos históricos. Essas celebrações podem envolver danças, músicas, performances, rituais coletivos e outras formas de expressão artística, fortalecendo a conexão com a comunidade e reforçando a identidade cultural dos praticantes.
Ao final da liturgia, é importante realizar o encerramento adequado. Nesse momento, os praticantes expressam seus agradecimentos às entidades convocadas, reconhecendo a presença e os benefícios recebidos durante o ritual. É um momento de finalização e despedida, em que os poderes invocados são liberados para retornar aos seus planos de existência.
Após o encerramento, é comum realizar banimentos e limpezas energéticas para eliminar quaisquer resquícios energéticos que possam ter se acumulado durante o ritual. Esses procedimentos visam restaurar o equilíbrio do ambiente e do magista, removendo qualquer energia indesejada ou não utilizada.
É válido ressaltar que cada um desses temas abordados na liturgia ritual possui uma infinidade de possibilidades e abordagens. Cada sistema de magia tem suas próprias tradições, símbolos e práticas específicas. É essencial que os praticantes estudem, pesquisem e aprendam sobre as diferentes técnicas e abordagens disponíveis, respeitando as tradições culturais e os saberes tradicionais associados a cada ritual.
A liturgia ritual é um caminho de exploração espiritual e mágica, em que o praticante se conecta com forças superiores, busca manifestar suas intenções e fortalecer sua conexão com o divino. Por meio de técnicas e saberes tradicionais, a liturgia ritual proporciona uma estrutura sólida para a prática mágica, permitindo que os praticantes mergulhem em um estado de transcendência e alcancem resultados significativos.
No entanto, é importante lembrar que a liturgia ritual não se trata de certo ou errado, mas sim de encontrar o caminho que ressoa com cada praticante individualmente. Cada pessoa possui sua própria jornada espiritual e suas próprias preferências na prática da magia. A diversidade de técnicas e abordagens enriquece o universo mágico e permite que cada indivíduo encontre seu próprio ritmo e estilo de liturgia ritual.
Portanto, ao explorar as técnicas da liturgia ritual, é fundamental cultivar o respeito, a curiosidade e o conhecimento, mergulhando na sabedoria ancestral, nas tradições culturais e nos ensinamentos transmitidos ao longo dos tempos. Assim, cada praticante poderá desenvolver uma prática mágica autêntica e significativa, encontrando a conexão espiritual que busca e manifestando suas intenções com amor, respeito e poder.
A palavra "liturgia" tem origem no grego antigo, sendo formada pelas raízes "leit-" e "-urgía". A raiz "leit-" deriva de "laós", que significa "povo" ou "comunidade". A raiz "-urgía" é relacionada ao trabalho, ofício ou serviço.
Dessa forma, a palavra "liturgia" pode ser entendida como o "trabalho do povo" ou o "serviço à comunidade". No contexto religioso e litúrgico, ela se refere às práticas e cerimônias realizadas em cultos, rituais e celebrações, onde os membros de uma comunidade religiosa se reúnem para prestar um serviço coletivo, com o propósito de adoração, celebração, devoção e conexão com o divino.
A liturgia engloba uma série de elementos, como ritos, símbolos, preces, cânticos, leituras sagradas, gestos ritualísticos e outras ações específicas, que são realizadas em uma ordem estabelecida, seguindo tradições e normas religiosas. Ela possui um caráter sagrado e cerimonial, sendo um meio de expressar a fé, transmitir valores espirituais e proporcionar um ambiente propício para a comunhão entre os participantes e o divino.
Ao longo da história e em diferentes tradições religiosas, a liturgia desenvolveu-se de maneiras variadas, refletindo as crenças, ritos e costumes de cada comunidade. Ela desempenha um papel fundamental na vida religiosa, oferecendo um espaço sagrado onde os fiéis podem se reunir, fortalecer sua fé, buscar a presença divina e participar de forma ativa e coletiva na expressão de sua espiritualidade.
Além dos elementos e temas mencionados anteriormente, é importante destacar que existem diversos tipos de liturgias e rituais, cada um com suas próprias características e propósitos. Vou explorar alguns desses tipos a seguir:
Dentro das práticas mágicas, encontramos diferentes abordagens para os rituais e liturgias. Vamos explorar agora três dessas abordagens: a magia simpática, a magia tribal e a magia cerimonial.
A magia simpática é baseada no princípio da semelhança, onde objetos ou ações simbólicas são utilizados para representar a intenção desejada. Nessa abordagem, acredita-se que ao trabalhar com elementos que possuam alguma relação com o que se busca alcançar, é possível influenciar e manifestar essa intenção. Um exemplo clássico desse tipo de magia é o uso de bonecos, também conhecidos como dagdes, poppets, ou Spirits Dolls, que são criados e manipulados de forma a representar uma pessoa ou ser espiritual em específico. Ao realizar ações sobre o boneco, como espetá-lo ou acariciá-lo, acredita-se que a pessoa real seja afetada de maneira correspondente.
Já a magia tribal se baseia na conexão com as forças da natureza, os espíritos ancestrais e as divindades relacionadas à cultura tribal em questão. Essa abordagem enfatiza a importância da comunidade e do contexto cultural na prática mágica. A magia tribal possui um contexto teológico voltado para as crenças primais, imanente e animistas, onde a(s) Divindade(s) e os espíritos são a própria terra e natureza, tais crenças são o embasamento de culturas Xamânicas. Por meio de danças, ritmos percussivos, máscaras e trajes tradicionais, os praticantes buscam entrar em sintonia com as energias naturais e espirituais, honrando suas tradições e buscando uma conexão profunda com o divino.
A magia cerimonial é caracterizada pela rigidez e pelo uso de simbolismos complexos. Essa abordagem busca criar uma atmosfera sagrada e controlada por meio de rituais elaborados. São utilizados instrumentos cerimoniais específicos, círculos de proteção desenhados no chão, além de palavras de poder e gestos ritualísticos. Os rituais de invocação de entidades específicas são comuns nessa abordagem, onde cada detalhe é minuciosamente planejado e executado de acordo com a tradição em que se baseia.
A diferença entre um ritual e uma liturgia reside na sua abrangência e complexidade. Enquanto um ritual é uma sequência de ações e práticas mágicas realizadas para atingir um objetivo específico, a liturgia é um conjunto mais amplo de práticas e cerimônias com um propósito mais abrangente e sagrado. A liturgia engloba diversos rituais interconectados, seguindo uma estrutura e uma ordem estabelecidas. Ela pode ser vista como uma forma de adoração, honra e celebração, envolvendo não apenas práticas mágicas, mas também elementos culturais, espirituais e religiosos.
Tanto os rituais quanto as liturgias desempenham um papel fundamental nas práticas mágicas, proporcionando um espaço sagrado para o praticante se conectar com o divino, manifestar suas intenções e trabalhar com as energias sutis do universo. Através dessas abordagens, seja pela magia simpática, tribal ou cerimonial, cada praticante pode encontrar uma maneira única de expressar sua espiritualidade e explorar os mistérios.
Os rituais de Taumaturgia e Teurgia são dois conceitos relacionados à prática mágica que envolve diferentes abordagens e objetivos. Dentro das sendas do ocultismo estes são mencionados por ventura como caminhos da mão esquerda e caminho da mão direita. A Taumaturgia seria mencionada como o caminho da mão esquerda, que em viés simbólico é o caminho do desejo carnal por estar ligado ao lado onde o coração habita em nosso corpo. Já a Teurgia seria mencionado como o caminho da mão direita, obtendo as questões mágicas com o contato com os seres espirituais, autoconhecimento e auto-aprimoramento. O caminho da mão esquerda lida com as transformações fora do magista, enquanto o caminho da mão direita lida com as transformações interiores do magista.
A Taumaturgia é uma forma de magia voltada para a realização de feitos extraordinários e para a manifestação de resultados práticos e tangíveis. Os rituais de Taumaturgia têm como objetivo trazer mudanças e efeitos específicos na realidade física. Eles são direcionados para alcançar cura, proteção, prosperidade, amor, sucesso, entre outros resultados materiais ou concretos.
Esses rituais podem envolver o uso de símbolos, ferramentas mágicas, encantamentos, invocações e práticas específicas para canalizar e direcionar as energias necessárias para alcançar o objetivo desejado. Os praticantes de Taumaturgia buscam trabalhar com as forças naturais e as energias sutis do universo para trazer benefícios práticos e concretos em suas vidas e nas vidas daqueles que solicitam sua ajuda.
A Teurgia é uma forma de magia que se concentra na busca do conhecimento espiritual, na conexão com entidades divinas e na busca da união com o divino. Os rituais de Teurgia têm como objetivo estabelecer uma comunhão direta com o plano divino, buscando a elevação espiritual e o despertar da consciência.
Nesses rituais, os praticantes procuram estabelecer uma relação de devoção, adoração e invocação com seres e entidades divinas. Eles buscam o aprofundamento da espiritualidade, o desenvolvimento das faculdades mentais e a expansão da consciência em busca de uma compreensão mais profunda da natureza divina e do propósito da existência. Os rituais de Teurgia envolvem orações, invocações, meditações, visualizações e práticas devocionais para estabelecer a conexão com o divino e receber a sua orientação e sabedoria.
Tanto os rituais de Taumaturgia quanto os rituais de Teurgia são formas válidas de prática mágica, cada uma com seus próprios objetivos e abordagens. Enquanto a Taumaturgia busca a realização de resultados tangíveis na realidade física, a Teurgia busca a busca espiritual e a conexão com o divino. Cada um desses caminhos oferece oportunidades de crescimento pessoal, transformação e busca de significado e propósito na vida do praticante.
Dentro do contexto da liturgia ritual, é importante abordar conceitos relacionados à prática religiosa e espiritual, como a ortopraxia, a ortodoxia e o ethos. Esses conceitos têm influência direta na forma como os rituais e liturgias são conduzidas e vivenciadas.
A ortopraxia se concentra na prática correta e adequada dos rituais e ações religiosas. Valoriza-se o cumprimento dos deveres religiosos, a observância de normas rituais e a execução precisa dos rituais prescritos. A ênfase está na ação correta, no cumprimento de ritos e no respeito às tradições e às normas estabelecidas por uma determinada comunidade religiosa.
Por outro lado, a ortodoxia refere-se à adesão estrita às crenças, ensinamentos e dogmas estabelecidos por uma determinada tradição religiosa. Valoriza-se a conformidade às verdades e princípios estabelecidos pela autoridade religiosa ou pelas escrituras sagradas. Aqueles que seguem a ortodoxia buscam preservar a pureza doutrinária e a fidelidade aos ensinamentos tradicionais.
O Ethos, por sua vez, diz respeito ao conjunto de valores, costumes, atitudes e ética que caracterizam uma determinada comunidade religiosa ou espiritual. É o ambiente moral e espiritual que permeia as práticas e a vida cotidiana dos seus seguidores. Inclui a forma como os indivíduos se relacionam com o divino, com os outros membros da comunidade e com o mundo ao seu redor. O Ethos influencia a maneira como os rituais são vivenciados, a importância atribuída aos princípios éticos e morais e a forma como a espiritualidade se manifesta no dia a dia.
Esses conceitos - ortopraxia, ortodoxia e Ethos - desempenham um papel significativo nas práticas religiosas e espirituais. Eles ajudam a estabelecer uma estrutura, uma identidade e um senso de unidade dentro de uma comunidade de praticantes. No contexto da liturgia ritual, eles guiam e moldam a forma como os rituais são realizados, valorizando a ação correta, a aderência doutrinária e o alinhamento com os valores e o Ethos da comunidade.
Mapa mental desenvolvido para ilustrar as tecnicas Liturgicas.
Imagem extraída do Pinterest
O circulo magico
Chamado também de “talhar o circulo”, onde não só os mundos, mas o passado e presente, vida e morte se encontram. Este espaço sagrado longe de ser apenas um círculo bidimensional, se torna uma esfera que engloba todo o espaço ritual onde ele foi delimitado. O circulo magico é o nosso universo, sendo assim, somos o imperador dele. Nossa vontade se manifesta primeiro dentro de nosso microcosmo (nós mesmo e o circulo magico), para que assim a energia magica se reverbere no nosso macrocosmo (o universo ao nosso redor), como diz uma das leis Herméticas, assim como é acima é abaixo. O circulo magico também serve para nos proteger e conter toda a energia necessária para o feitiço ser bem sucedido. O circulo magico é traçado a partir do leste, ou seja, todos se voltam para o leste no começo e final do traçado e destraçado. Isso é usado como honra e para captar as energias que esteja em concordância com o movimento do Sol e da lua, no qual puxamos as suas forças, visto que o leste é o portal de nascimento destes. Caso você trace este circulo ao norte do globo terrestre deve começar o traçado ao Norte. O circulo deve ser traçado com o Athame (de preferencia sempre para os atos mágicos de talhar o circulo e rasgar o véu para criar portais) no sentido horário, porem ele pode ser traçado com seu dedo indicador, com um bastão e dependendo do feitiço que o adepto faça ate mesmo com outros instrumentos como, por exemplo, uma foice. Sendo assim o encerramento e destraçado do circulo é feito no sentido anti-horário. Visualize uma aura azulada, branca ou dourada na hora do traçado do circulo.
O circulo magico é traçado perante o movimento de rotação lunar e solar, o poder de ambas as energias celestes adentram e preenchem o circulo magico. Este é o eixo diurno, o movimento solar que vai de leste para oeste. Enquanto o eixo noturno é o que se movimenta de norte a sul. O circulo magico não é apenas traçado em sentido deosil (sentido horário) por conta que este é um movimento de construção na magia, mas sim pelo sentido em que nos países do hemisfério norte a energia se movimenta de tal maneira, a ciência a chama de força de Coriolis, portanto podemos traçar o mesmo circulo em sentido contrario no nosso hemisfério sul. O fato de estarmos do lado de baixo do equador ou a tradição na qual você segue poderá afetar a maneira como traçamos um círculo.
Para Laurie Cabot os círculos são locais de poder, onde ocorre a alteração de consciência nos tornando mais centrados em nós mesmo e nos Deuses. Tal consciência ordinária se desloca através dos mundos, do tempo e do espaço, trazendo para o circulo energias da terra, do fluxo telúrico da Yggdrasil e também puxando e absolvendo as energias da abobada celestes. O momento de estar dentro de um circulo magico é abordado da seguinte forma perante Cabot “Sentimos o que Carlos Castañeda, em sua descrição da magia chama de "parar o mundo". Devemos mencionar que o adepto a arte deve tomar cuidado com a sobrecarga de um circulo, para que o mesmo não se desfaça ou “estoure”, da mesma forma devemos ter um cuidado para que as demais pessoas não perfurem e ultrapassem os perímetros do circulo magico para que o mesmo não se desfaça. A energia do circulo deve crescer e ser lançada para o universo para que seu feitiço se torne palpável entre os mundo e se concretizar neste mundo. O momento de crescimento da energia do circulo é assim descrito pela a autora do livro O Poder da Bruxa “Quando a energia cresce no círculo, a líder dirige a consciência dos membros pelo canto ou pela meditação grupal para que os mesmos se concentrem e se invistam no objetivo ou propósito do ritual.”
Na primeira volta traremos a energia de proteção contra toda energia negativa e positiva que nos causem danos. Esse traçado está ligado aos planos: Éterico e Astral. O Freixo pode ser tornar uma arvore que sustente a energia do circulo, assim como o grande Freixo sustenta o mundo em varias culturas e tradições como, por exemplo, a própria Yggdrasil. Na segunda volta traremos a energia de transmutação e de contenção. Este traçado está ligado aos planos: Emocional e Elemental.
Na terceira volta traremos a energia de conexão entre os planos e mundos. Esse traçado está ligado aos planos: Mental, Akashiko, Divino e Elemental. Este é responsável por trazer a visão entre os mundos e também fazer com que possamos ver o Freixo e este nos veja, permitindo que possamos rodear os mundos que o entrelaçam. Sendo uma metáfora para que o universo e suas criaturas nos vejam e nós a eles.
Neste momento faça o gesto de lançamento do circulo: com seu athame direcione a lamina para baixo e logo em seguida para cima, como se você fizesse um “V” lançando a energia para o universo. Assim sendo como se você estivesse falando com as energias do universo que este circulo foi traçado e esta firmado. Beije sua lamina, coloque-a sobre o peito com os olhos fechados para sua lamina sentir pelo menos três batidas do seu coração simbolizando as três voltas do circulo e para você sentir seu poder pessoal. Deposite-a sobre o altar com a bainha aberta e faça o gesto de expansão do circulo movimentando suas mãos a cima e abaixo do circulo. O movimento é em deosil (sentido horário) com as mãos. A bainha deve ser fechada imediatamente assim que o circulo for encerrado. O gesto começa sendo feito em sentido horário de forma vertical, para expandir a energia do circulo para cima e baixo de você. Traçando as energias acima da sua cabeça do sentido de leste a oeste, e abaixo do sentido oeste para o leste. Assim como é o movimento do arco solar. Afinal é por conta do arco em que o sol e Lua se movem que o circulo magico é traçado.
Usando os diversos modos centre as energias antes do traçado do circulo. Você pode optar de usar um ou mais métodos para centrar tais energias. Este passo é importante para que você condense as energias magicas e vibre em harmonia com o proposito do ritual e deve ser feito antes de traçar o circulo ou caso alguma energia se desarmonize no mesmo. Para que as energias fiquem em equilíbrio e para que tenhamos poder em nossos atos mágicos. Quando nós estamos em momentos de banquete ritual devemos tomar cuidado para não aterrarmos a energia do circulo, o ato de se comer pode trazer este efeito na energia ritual, então não coma em excesso para manter tais energias centradas constantemente.
Reforçar as nossas proteções é essencial para que tenhamos uma operação magica prazerosa e poderosa, para que tudo saia como desejamos e que nenhuma energia que esteja contra nossa operação magica possa nos atrapalhar. Assim sendo podemos simplesmente fazer uma volta no circulo com nosso bastão, dedo indicador ou Athame se assim for necessário para trazer tal reforço, ou para oculta-lo de algo. Para o reforço da proteção visualizando uma luz azulada reforçando o circulo, case seja uma ocultação mantenha seu circulo invisível, ou negro.
Dentro do circulo magico devemos ter determinados portais elementais abertos. Abrir os portais elementais nos garante mais conexão entre os reinos, nós traz mais proteções adequadas nossa operação e proteções sobre todas as direções do circulo. Além do mais, estes portais nos oferecem mais energia magica para a operação que será realizada. É como se eles nós trouxessem mais combustível para que o feitiço tenha uma energia mais palpável e condensada. Para a abertura de portais, a visualização e manipulação energética é extremamente importante. Usaremos o bastão, o dedo indicador ou athamede preferencia para rasgar o véu que cobrem os mundos, nossas mãos para manipular as energias do portal e darem uma forma palpável, o pentáculo para proteger essa porta que ficara aberta entre os reinos para que não entre ou saia nada indesejado e o sino para alertar aos demais espíritos e energias do local que o portal está talhado, aberto e os espíritos serão invocados. Em cada um dos nossos portões invocaremos energias regidas pelos elementos para auxiliar e protegerem a nossa operação magica e circulo.
O portal do norte é ligado á terra e possuem aspectos energéticos como: cura física, prosperidade, saúde, segurança, concretização de objetivos etc... Tudo aquilo que as energias da terra geralmente trazem. O Carvalho é outra arvore de sustentação do circulo magico associado ao norte, em diversas das tradições de bruxaria, lidar bem com essa energia é trazer mais força a si mesmo dentro dos rituais. Polaris, a estrela do Norte é a guardiã das dadivas dos céus do norte e dos portões onde os Deuses emanam. Ela é a estrela mais brilhante da constelação da Ursa Menor. Por se manter quase imóvel no céu do hemisfério norte esta é um portal de magia do eixo noturno do circulo. Todas as estrelas do hemisfério celeste Norte giram em torno do eixo próximo a ela. Lidar com as estrelas do Norte e Sul é o mesmo que lidar com as polaridades. A estrela Norte esta alinhada diretamente com a constelação do dragão. O alinhamento da Estrela Norte e com a estrela Sul em nosso circulo fazem o Eixo noturno, onde as transformações interiores acontecem. Ambas são os pontos de maior e menor luz deste eixo. Representando o poder de conexão com os mistérios noturnos entre a luz e as sombras da nossa consciência, o nosso inconsciente e supra consciente, o Nadir e o Zênite. Assim a estrela Polaris é um portal de magias ligado à luz, à noite, a transformações interiores, a estabilidade, ao consciente e ao ato de fazer o universo move-se ao seu redor. (GILBERTO LASCARIZ, RITOS E MISTERIOS SECRETOS DO WICCA, 2010).
O portal do Leste é ligado à energia do elemento Ar e possuem aspectos energéticos como: Pesquisas, comunicação, musicais, poemas, invocações, conexão, leveza, inspiração, conhecimento, estudos, autoconhecimento e comunicação dos pensamentos e sentimentos etc... Tudo aquilo que as energias do ar geralmente trazem. Invocaremos as, senhoras das nuvens, dos ventos, e senhoras dos céus que se estendem aos reinos dos céus e do Olimpo.
O portal do sul é ligado à energia do elemento fogo e possuem aspectos energéticos como: inspiração, proteção, paixão, briga, destruição, sexualidade, sangue, purificação etc... Tudo aquilo que as energias do Fogo geralmente trazem. Invocaremos as senhoras das estrelas, das chamas, vulcões e luz.
A estrela do Sul é a estrela circumpolar ao polo Sul celestial, é a guardiã das dadivas dos céus do sul e dos portões onde os Deuses habitam. A atual estrela do Sul é Sigma Octantis, a qual é muito pálida e de pouco brilho visto da terra. Desta forma, não é tão útil quanto a Polaris Borealis (estrela do norte) na orientação da navegação. Ela é a estrela situada na constelação de Octans é também chamada de Polaris Australis ou estrela polar do sul. Por se manter quase imóvel no céu do hemisfério sul esta é um portal de magia do eixo noturno do circulo. Todas as estrelas do hemisfério celeste sul giram em torno do eixo próximo a ela. Temos assim várias janelas da alma dentro de nosso circulo magico e também de nossa psique da aura terrestre e do próprio universo. As estrelas se tornam guardiãs do circulo, do magista e da própria terra e se alinham com os movimentos de ascensão e declínio cósmicos e com a própria alma do mundo. Esta conexão as tona como impulsionadores cósmicos da vida e da consciência, ou subconsciência. A pratica de alinhamento de círculos mágicos com os eixos cósmicos, ou eixos solsticiais é muito antiga, onde eram observado a dança dos Deuses estelares sobre os céus em cada época do ano. Em grego, esta pratica se chama Téménos, que significa observar o céu. Assim a estrela Sigma Octantis é um portal de magias ligado às sombras, à noite, ao oculto, a transformações interiores, a estabilidade, ao inconsciente e ao ato de fazer o universo move-se ao seu redor. (GILBERTO LASCARIZ, RITOS E MISTERIOS SECRETOS DO WICCA, 2010).
Note que o circulo só é realmente traçado quando o perímetro magico possui seus pontos rítmicos de mudanças e transformações da terra, do cosmos e de si mesmo. Pontos estes que são as bases do alinhamento das estrelas norte e sul. Nestes pontos a energia e força cósmica adentram em seu rito e na consciência humana para fecundar e iluminar sua operação magica.
O portal do Oeste é ligado à energia do elemento água e possuem aspectos energéticos como: limpeza, fluidez, compaixão, equilíbrio emocional, vida amorosa, cura emocional etc... Tudo aquilo que as energias da água geralmente trazem. Invocaremos as senhoras das águas doces, senhoras do Mar e senhoras dos Oceanos. O reino de Poseidon, onde todas as criaturas e espíritos marinhos são acobertados. É neste reino onde há o poder de fecundidade da natureza, onde as chuvas começam, e são arrastadas para serem desaguadas em terra, fazendo-a encher de vida. Este não é um reino onde se estende apenas em mares e oceanos, mas em todos os lugares onde há água doces e salgadas, seja corrente ou parada.
Raaven Grimassi menciona em sua obra Os Mistérios Wiccanos, edição de 2002, os ditos corredores elementais. Tais corredores são postos quando o próprio circulo é traçado, junto das invocações elementais ou quando convocamos os quadrantes, assim ao abrir os portais a energia corre pelos corredores e por todo o circulo. A criação dos corredores não é um ato que precise ser pensado de forma racional, ele acontece a partir da estrutura básica do circulo, trazendo o elo dos poderes do praticante, dos guardiões e sua relação com os quadrantes. O autor demostra uma ilustração de tais corredores em sua obra.
Após ter traçado o circulo e aberto os portais, este é o momento de invocação de quaisquer outras divindades que poderão ser trabalhadas em seu ritual e feitiço. Como é através do feminino que a vida é gerada, então as divindades femininas devem ser invocadas primeiro, isto dentro de uma visão Dianica, caso você não possua uma visão Dianica de bruxaria, faça a ordem invocatória de outra maneira. Isso não é uma regra e pode variar de acordo com as invocações, tradições e Rituais.
Com os Deuses já invocados, caso o magista deva trabalhar com demais energias em seu feitiço e ritual este é o momento de invocação de quaisquer outros espíritos e criaturas magicas que deverão ter participação aqui. Como por exemplos; Dragões, Daimons, sátiros, determinadas ninfas, Hellhaunts, Familiar, Servos astrais, Guardiões dos espelhos, Estrelas, entre outras. Isso não é uma regra e pode variar de acordo com as tradições, invocações, rituais e criatura magica.
Após todas as invocações, traçado de circulo e feitiço já realizado e o ritual já no momento de encerramento deveram realizar o banimento dos seres que você invocou no circulo, ou seja, despedir de cada um deles garantindo que nenhum deles possa ficar entre os mundos após o encerramento. Elementais e outros espíritos invocados devem ser despedidos e banidos conforme programado em seu ritual, a presença de cada um deles dentro de um circulo magico sem o magista que tenha traçado é perigoso, devo alerta-lo para bani-los na ordem contraria na qual invocou. Espíritos podem invadir sua vida e fazer oque bem entenderem dela caso o magista não tenha experiência para esse tipo de situação. Já a presença dos Deuses, essa mesmo quando não são banidas ou despedidas já não causa danos iguais à presença de determinados espíritos. A energia dos Deuses que transbordam o circulo iram transbordar o local onde o circulo esta sendo traçado, caso o circulo seja destraçado e os Deuses não forem despedidos, porem acho falta de respeito não despedir-vos. É importante ressaltar que os danos que podem vir a ocorrer do ato de não despedir dos espíritos pode se dar não apenas para o magista em questão, mas também para o próprio espirito eu ele chama de aliado.
Outro ponto a ser levantado é que quando o espirito esta solto na vida do magista de forma descontrolada, nem sempre oque ele faça é com intenções a ponto de prejudicar ou não prejudicar. Espíritos possuem costumes, crenças e visão de mundo diferente das nossas, ate mesmo outros seres humanos quando são invocados em um trabalho necromante. Então tome este cuidado! Caso o circulo magico se rompa por algum motivo e a cerimonia tiver que ser interrompida de modo abrupto, os espíritos e os portais devem ser banidos do mesmo jeito conforme a liturgia. Porem, sem a proteção de um circulo eles não tem obrigações com o magista. Determinados seres quando não são banidos, podem se acoplar energeticamente na aura do magista e usufruir de sua energia vital. Então como a operação se encerraria permitir que estes fiquem seria um grande desperdício de energia magica, além de falta de educação e cordialidade entre os reinos e entre os seus próprios aliados mágicos que lhe conferiram poder. Um conselho agora ao magista, nunca invoque aquilo que não sabe banir. Apenas alguns aliados mágicos devem ficar conosco depois do destraçado de circulo e em determinados momentos de nossas vidas, caso não tenha tal discernimento não faça e não permita que tais continuem perambulando por aqui.
Fechar os portais elementais garante que as forças invocadas não ficaram presas em nossos círculos mágicos e que essas forças não atuem livremente sore nossas vidas, causando eventos que bem entenderem, sem nossa permissão. Quando esses portais estão fechados não ficamos tão expostos aos entre os reinos. Além do mais, estes portais nos oferecem mais energia magica para a operação que será realizada. Eles nós trouxeram mais combustível para que o feitiço tenha uma energia mais palpável e condensada. Então como a operação agora se encerra permitir que estes portais fiquem abertos aleatoriamente seria um grande desperdício de energia magica, e novamente além de falta de educação e cordialidade entre os reinos que lhe conferiram poder. Para fechar e banir os portais, a visualização e manipulação energética são extremamente importantes. Usaremos o bastão, dedo indicador ou Athame para erguer e costurar o véu que cobrem os mundos, nossas mãos para manipular as energias do portal para que ele possa ser fechado, o pentáculo que foi traçado usado para proteção agora deve ser banido tendo em vista que essa porta que ficou aberta entre os reinos agora se fecha e o sino deve ser soado para alertar aos demais espíritos e energias do local que o portal para seu reino foi fechado o sino deve ser usado também como forma de harmonizar as energias do banimento do portal demonstrando que os espíritos e forças foram banidos. Em cada um dos nossos portões baniremos as energias que nos auxiliaram e protegeram nossa operação magica e circulo. Existem alguns tipos de rituais em que tais energias invocadas poderão ser criaturas, como Daimons, Dragões, estrelas, sátiros e outros seres e espíritos.
Se traçamos o nosso reforço ou ocultação, devemos também destraçá-lo. Reforçar as nossas proteções é essencial para que tenhamos uma operação magica onde tudo sai como desejamos, e nem toda operação magica vai precisar de tal reforço, na maioria dos casos o próprio circulo já possui esta função. Assim como simplesmente fizemos uma volta no circulo com nosso bastão, dedo indicador ou Athame quando necessário para reforçar nossas proteções, destraçaremos as mesmas visualizando a mesma luz azulada se esvaindo do circulo e sendo recolhida por você, ou caso tenha sido necessário uma ocultação erguemos o véu negro que colocamos encobrindo nossa operação e o recolhemos também ate você retirando sua invisibilidade. Caso você tenha optado por outros métodos, este é o momento de recolhê-los.
O circulo magico é o nosso universo, nosso escudo e nossa contenção. Uma criação magica onde a nossa vontade se manifesta. Achar que ela vai se destraçar sozinha, ou abandonar sem selo nenhum é uma falta de respeito com todos aqueles que se reúnem entre os mundos com você e com oque é sagrado para a arte, além de demonstrar prepotência. O circulo é uma energia bem palpável e séria, quando ele não é destraçado ele continua se alimentando e vampirizando a energia do magista que o lançou. Seria muita falta de cordialidade e fé simplesmente achar que não tem portância encerra-lo. O circulo magico é destraçado a partir do leste, ou seja, todos se voltam para o leste no começo e final do traçado e destraçado. Caso você trace este circulo ao norte deve começar e finalizar o traçado e destraçado ao Norte. O circulo que foi traçado com o no sentido horário, agora é destraçado no sentido anti-horário. Sendo assim o encerramento e destraçado do circulo é feito no sentido anti-horário. Visualize a aura azulada, branca ou dourada que você visualizou no traçado sendo recolhidas por você na hora do banimento do circulo. Aterre as energias que estão em excesso ou que sejam residuais do local ou em você usando diversos modos e técnicas de magia. Você pode optar de usar um ou mais métodos de aterramento. Alguns exemplos são: aterramentos deitando-se sobre o solo enquanto deixa seu corpo esvaziar-se de energias excessivas, a fim de equilibrar e manter seu corpo energético saudável, o mesmo pode ser feito em arvores, com cristais, com ervas, raízes, folhas, ou um copo de água, enfim, qualquer coisa que possa ser usada para absorver essa energia em excesso ou concentrar energias, para objetos pequenos os ponha em seus centros de energias, os chacras. É importante você fazer esses aterramentos, purificações e banimentos no local, em você para caso tenha excesso ou resquício de alguma energia de assinatura magica, ou apenas energias em excesso, em desarmonia aos seus trabalhos mágicos que possam te atrapalhar depois da cerimonia. Podemos citar um bom exemplo em trabalhos de autoconhecimento, caso alguém se sinta mal depois de uma dose de contato consigo mesmo, neste caso indicamos tomar chás de ervas solares e banhos com as mesmas. Caso você esteja em um covensted (local de reunião de um covem) a energia deve ser mantida para alimentar e fortalecer a egrégora do Coven.
Corredores elementais - imagem do livro os Misterios Wiccanos de Raven Grimassi
Admitindo outros membros e pessoas em cerimonias de magia
Quando estamos fazendo um festival ou ritual junto de outras pessoas que são neófitos ou até mesmo não fazem parte de nosso clã devemos admitir essas pessoas em nossos círculos mágicos. O círculo magico é o nosso universo microcósmico, sendo assim nós somos os responsáveis por tudo o que ocorra ali. Quando chamamos essas pessoas para admiti-las dentro de nosso círculo elas não possuem nenhum poder ali dentro sem sua permissão, pelo simples fato que essas pessoas não realizaram o traçado de seu círculo. O círculo é incumbido com seu poder pessoal. Assim podemos chamar pessoas que não queremos que exerçam nenhum poder no seu círculo a menos que tenham a sua permissão para tal finalidade.
Para isso nós voltamos para o Sudeste nos poderes do fogo e do ar para abertura de um portal das extremidades exteriores do seu círculo para dentro dele. Uma ponte de conexão entre seu universo interior/ círculo magico, com seu universo exterior. Caso no local que você faça os ritos não de para abrir esses portais no Sudoeste, você pode abrir no local mais adequado a você, sendo ao Sudoeste ou até mesmo ao leste os pontos mais adequados. A vassoura pode ser um instrumento fundamental nessa parte, seja ela para guardar o portal sendo colocada deitada ao solo para guarda-lo ou como uma ferramenta de purificação das pessoas que irão entrar no seu círculo.
Devemos purificar antes de qualquer coisa essas pessoas, seja com uma varredura áurica usando a própria vassoura ou outras formas de purificação em movimentos circulares anti-horários sobre toda a aura da pessoa geralmente de baixo para cima. Sendo depositado e banidos tais resido energéticos no portal do submundo. As pessoas que entraram em seu círculo devem pedir licença e permissão para entrar no seu espaço sagrado e você como um bom anfitrião deve as receber abençoando-as antes de pisarem em seu círculo. Este momento ritual deve ser realizado em qualquer momento em que os postulantes precisem adentrar ou sair do espaço sagrado do círculo magico. Agora vamos á pratica: (utilize estas invocações, ou algo do tipo).
Rasgue o véu entre os reinos com seu Athame, manipule a energia expandindo e moldando o portal utilizando da visualização e de suas mãos e abra o portal:
“Eu (diga seu nome de poder) abro este portal entre os reinos e os mundos. Rei Carvalho e Senhor das Matas que a sua divina luz, bênçãos e proteção se façam presentes neste círculo e nesta operação mágica. Eu (diga seu nome de poder) agora abro este portal para os postulantes que os assim solicitam a participação nesta cerimonia sagrada”.
Limpe e purifique os postulantes uma de cada vez sendo minucioso, purificando na frente e nas costas no sentido anti-horário, usando de seus conhecimentos.
Logo após a limpeza é o momento em que os postulantes devem pedir permissão para essa passagem. As mãos dos postulantes devem estar para cima na altura dos ombros de palmas abertas a você. Dizendo algo similar com:
“Eu (diga seu nome de poder) peço licença e permissão para adentrar neste círculo sagrado e comungar no entre mundos”.
Você como senhor do traçado responde algo do tipo:
“(diga o nome do postulante) se eu lhe conceder entrada a este círculo você jura seguir suas regras e costumes?”
Caso a resposta do mesmo seja sim eu juro, você deve conceder a permissão. Logo que você conceder a permissão deve os abençoar:
“Então eu (diga seu nome de poder) concedo permissão há você (diga o nome do postulante) de adentrar neste círculo sagrado.Sejam bem vindo e abençoado sejas”.
Receba os postulantes estendendo seu braço direito para ele e assim o direcionando para dentro de seu círculo. É importante ressaltar que sua mão direita deve agarrar o braço direito do postulante na hora de entrar e sair do círculo. Volte-se para frente ao portal e então diga:
“Que os postulantes possam ser admitidos neste círculo sagrado, sejam bem vindos e abençoados sejas”.
Então feche o portal “costurando” o véu entre os reinos com seu Athame, manipule a energia contraindo e moldando com suas mãos visualizando-o sendo fechado e seu círculo voltando a se tornar homogêneo assim fechando o portal. Reforce suas proteções no círculo logo em seguida.
Em algumas cerimonias os postulantes são cumprimentados com um beijo e em outras um abraço.
As pessoas que entraram em seu círculo devem sair da operação magica devidamente pedindo licença e permissão para sair da operação e esperando o portal ser aberto de forma apropriada, para que o círculo não se rompa após os adeptos saírem de seus limites sagrados. Estes adentraram no seu espaço sagrado com cordialidade e você como um bom anfitrião as recebeu com suas bênçãos antes de pisarem em seu círculo, estes devem partir de forma cordial da mesma maneira. A despedida dos adeptos é feita da mesma forma para quando os mesmos adentraram no espaço do entre mundos. Agora vamos á pratica: (utilize estes banimentos, ou algo do tipo).
Rasgue o véu entre os reinos com seu Athame, manipule a energia expandindo e moldando o portal utilizando da visualização e de suas mãos e abra o portal:
“Eu (diga seu nome de poder) abro este portal entre os reinos e os mundos. Rei Carvalho e Senhor das Matas que a sua divina luz, bênçãos e proteção se façam presentes neste círculo e nesta operação mágica. Eu (diga seu nome de poder) agora abro este portal para os postulantes que devem partir e encerram suas presenças nesta cerimonia sagrada”.
Logo após é o momento em que as pessoas devem pedir licença do círculo. A fila é formada das pessoas que desejam sair do círculo. Lembrando, quem traça o círculo não deve sair antes a operação acabar e o círculo ser encerrado, é importante ressaltar que o círculo magico jamais deverá ser traçado e deixado sozinho, isso abre brejas nas proteções energéticas do magista, podendo fazer determinadas energias ficarem fora de controle. Os postulantes dizem algo similar a quem rasga o véu e abre esse portal como:
“Eu (diga seu nome de poder) peço licença e permissão para minha retirada deste círculo sagrado”.
Você como senhor do traçado responde algo do tipo:
“(diga o nome do postulante) agradeço pela sua entrada a este círculo, você que jurou seguir nossas regras e costumes, agora que possa voltar ao seu reino em paz e harmonia do senhor e da senhora”
Logo que você conceder a permissão deve os abençoar:
“Então eu (diga seu nome de poder) concedo permissão há você (diga o nome do postulante) de partir deste círculo sagrado. Vão em paz e abençoado sejas”.
Receba os postulantes estendendo seu braço direito para ele e assim o direcionando para fora de seu círculo. É importante ressaltar que sua mão direita deve agarrar o braço direito do postulante na hora de entrar e sair do círculo. Volte-se para frente ao portal e então diga:
“Que os postulantes possam partir deste círculo sagrado, vão em paz e abençoados sejas”.
Faça um pentagrama na testa do postulante o abençoando, coloque sua mão no seu peito, assim a energia do círculo é desvinculada ao postulante.
Então feche o portal “costurando” o véu entre os reinos com seu Athame, manipule a energia contraindo e moldando com suas mãos visualizando-o sendo fechado e seu círculo voltando a se tornar homogêneo assim fechando o portal. Reforce suas proteções no círculo logo em seguida.
Imagem de: John William Waterhouse. Magic Circle.
Vertendo Oferenda
Oferenda vem do verbo oferecer. O ato de se ofertar é oferecer algo á divindades ou aos espíritos. O mesmo é o ato de se presentear dar alguma coisa a algum ser espiritual. Dentro dessa classificação nós podemos ofertar alimentos, bebidas e ate mesmo objetos. Geralmente é dado aos seres algo que se tem ligação com eles, como por exemplo: Alhos a Hecate, grãos de girassol a Lúcifer, velas a Hestia, uvas a Dionísio e assim por diante. Mas pode acontecer do ser que será trabalhado pedir algo a você, que não tenha ligação alguma com ele. Como por exemplo, se Hecate lhe pedir morangos, mesmo não tendo nenhuma relação com esta. Oque não acontece é de nós presentearmos a essas forças com coisas que são completamente opostas a eles. Por exemplo, no caso de Oxossi, no panteão Yoruba, a este Deus não pode ser ofertado mel.
O ato de se oferecer além de ser um ato de gratidão é também um ato de força. Uma das leis da magia, assim como nós é apresentado no anime Full Metal Achemist, diz que o universo precisa de trocas, a lei da troca equivalente. Já dentro das leis Herméticas podemos traduzir este ato como no principio correspondência e de vibração. Oque isso quer dizer? Quer dizer que assim como é a baixo, o praticante oferta algo ao universo também é a cima, o universo retribui e oferta algo ao praticante. Tudo isso esta em vibração e sintonia, há movimento nesse ato.
Fazer oferendas pode ser também uma forma de você levar poder e alimentar algo, como por exemplo os nossos servidores eu devem ser alimentados para ganhar força. Assim como nós tiramos força e energia dos alimentos, determinados espíritos extraem fluidos etéreos dos alimentos e oferendas.
A Libação é o ato de derramar/ verter bebidas ou outros líquidos com finalidade ritual, em honra a um espirito ou Divindade. Podemos observar a prática da libação na antiga Grécia, Roma e em outras culturas, como as tradições Afrodescendentes com o gole do santo. Na Libação é oferecido geralmente aos seus Deuses, determinados espíritos e criaturas magicas, bebidas como, por exemplo: o vinho, o leite, o mel, óleos vegetais, água entre outras. Essas são as cinco oferendas básicas para vários seres espirituais.
Libações podem ser feitas na terra para que estes pudessem sorver o alimento de que precisavam, ainda que debaixo da terra. Geralmente feito para espíritos da terra e Divindade Ctonias. Libações em fogo, não apenas libações que são atiradas ao fogo, mas há determinadas outras oferendas que seguem esse modelo. Seja para os espíritos do fogo, para os deuses dos céus e do Olimpo, sendo que a fumaça da oferta sobe, ou ate mesmo para transmutar uma situação. Libações e ofertas em meio à águas, sejam por meio de lagos, rios e praias. Estas podem ser realizadas para espíritos das águas e divindades marinhas.
Libar se baseia no ato de aspergir ou de oferecer um líquido às forças da natureza, geralmente para brindar, por deleite ou por prazer. O momento ritual onde são depositadas as oferendas para Hecate é chamado de a ceia de Hecate, ou grande ceia. Geralmente a ceia de Hecate é feita com um véu negro cobrindo a cabeça do praticante como um sinal de respeito e de igualdade perante a Deusa da noite, para que ela erga o véu entre os mundo perante aos nossos olhos. Essas ofertas devem ser entregues sobre a terra. Podendo ser depositadas em: um vaso com terra, enterradas, depositadas aos pés de uma arvore sem espinhos, em uma encruzilhada ou estrada de terra, ou ate mesmo podendo ser improvisado o ato e adicionar um punhado de terra a uma folha de papel para deitar suas oferendas.
Quando nosso rito acaba, o descarte das oferendas é feito na natureza. Quando essas oferendas são: comidas, bebidas, ou outro material que não seja poluente. Caso tenha sobrado ceras de velas, você pode guarda-las, enterra-las, queima-las ou jogar ao lixo. Objetos como joias e cristais podem ficar repousando em seu armário magico ou em seu altar ate que a Divindade ou espirito faça algo com os mesmo.
Oferendas podem ser também uma ação, como por exemplo, distribuir ração aos cães de rua, escrever algo, fazer uma caminhada ou procissão, fazer doações a asilos e orfanatos ou ate mesmo uma obra de arte. Esses atos podem ser ofertados para honrar a divindade ou o seu esforço e generosidade neste momento podem ser combustíveis para determinados feitiços.
No fim das contas reflita sobre este ato, oque você oferece para o mundo, e oque ele lhe oferece de volta? Oque você planta e oque você colhe?
Nesse momento da cerimonia, faça suas oferendas, para todas as divindades e espíritos invocados. Para Hecate você pode ofertar cebolas e ovos, para Lúcifer pode ofertar grãos, para Hestia pode ser ofertada uma vela, para o Agathos Daemon leite e vinho, para os Genios locci frutas e para os ancestrais pães. Estes são apenas exemplos, pesquise sobre essas forças e entre em contatos com os mesmo para saber oque deve ser ofertado. Caso entre em contato com outras divindades e espíritos pesquise oque geralmente é oferecido para eles. Utilize alguma oração enquanto verte as ofertas. Podem ser usados hinos órficos, hinos homéricos ou cargas caso estiver ofertando algo para Divindades e Daemons.